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segunda-feira, 14 de março de 2016

Carta a todos os pagãos


Carta a todos os pagãos





(Se você apreciar, transmita. Se não apreciar apague. Tenha liberdade de escolher)

Eu saúdo os pagãos nórdicos, irmãos de crença.
Saúdo os deuses do norte, guias poderosos.
Saúdo os primos pagãos, celtas, egípcios, gregos, babilônicos e tantos outros que dividem este mundo conosco.
Nós, de fato, compartilhamos Midgard, como nenhum outro povo. Esta Midgard real, feita de carne, de pedra, de ossos e de terra. Um mundo cruel? Por uma perspectiva sim. É um mundo devorador, onde há predadores, onde a natureza parece querer nos engolfar. Onde pessoas cruéis vivem, parecendo prontas para nos atacar por míseras carniças.
Ou outra forma. A crueldade por trás da bondade. Mascarados em mensagens de amor e paz, escondendo servidão e desprezo. Ódio velado por povos, pelos nosso povos. Fizeram grande parte da humanidade engolir esta passividade amarga, até o ponto de que houvesse gelo o suficiente pra não enxergarem do outro lado.
É por isso que eu saúdo vocês, irmãos pagãos. Nós que vivemos neste mundo real, de fogo, de carne. Nós somos os novos pioneiros da natureza. Não porque iremos descobri-la. Nossos antepassados já o fizeram com maestria. Mas porque guardaram os segredos dela de nós. Fizeram nossa sociedade, muitas vezes até mesmo nossas famílias, optar por um caminho que não tem nada a ver com o ser humano.
Eles falam de família, mas são os maiores exemplos de famílias falidas. Seus deuses (alguns os chamam de santos, outros de anjos) estão acima de sua própria realidade. Devem ser obedecidos antes do bem estar daqueles que convivem dia após dia com eles.
Enfurnam-se em seus templos chorando e se ajoelhando, humilhando-se perante as suas divindades e os tidos representantes que muitas vezes usam disso para os dominá-los mais ainda. Frágeis criaturas, mas também perigosas.
Quebraram a lei mais básica da natureza. O de dar e receber. Recheados de epítetos, ofertaram a pobres mentes medievais de que o ser humano devia dar sem esperar recebimento. Assim encheram seus templos de ouro e não se obrigaram a retornar. Criaram gerações e gerações de seres humanos que espera que os outros deem e os acusa quando eles exigem a troca justa.
Fizeram o ser humano envergonhar-se de sua carne. Apodreceram o templo mais sagrado do homem e da mulher, tornaram crime a beleza do ato do sexo. Sujaram nossas mentes com a vergonha daquilo que somos. Daquilo que somos de verdade.
Vivemos em Midgard, vivemos aqui, na Terra, neste mundo material. É isto que somos. Corpo e Espírito, Espírito e Corpo. Quantos de nós pode-se dizer livre? Ainda que nos declaremos pagãos estamos presos a uma sociedade maior que nos engloba. A uma sociedade estritamente Kristan. Que nos impõe todos os seus valores não por aceitação de nossa parte. Não há aceitação clara em crianças. Somos batizados ainda sem saber pra que viemos. Sem mesmo saber falar para gritarmos nossas vontades.

Eles nos criminalizaram. Mascararam nossas crenças puras em faces malevolentes. Tornaram a beleza dos nossos deuses pátria conspurcada, terra amaldiçoada. Derrubaram e queimaram lugares sagrados. Tornaram o mundo real um erro.
Eles são o erro. Sua servidão, suas ideias esquizofrênicas.
Por isso eu saúdo os deuses nórdicos e agora também saúdo a todos os deuses pagãos. Eles nos guiam em meio a toda esta escuridão mascarada de luz, de bondade e amor, para um mundo verdadeiro, este mundo que devemos viver, para dentro de nós, nossa natureza.
Ouçam este chamado pagãos, irmãos e primos. Ouçamos a verdade.
Porque os dias do deus branco estão acabando.
Os nossos, jamais terminaram.

Wassail
Skavis Wodenssigr